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Benefícios da hipnose terapêutica para ansiedade e estresse

Atualizado: 14 de ago.

Você se lembra de uma vez que esteve tão concentrado em um filme que, por alguns instantes, esqueceu o mundo à sua volta? Sentiu medo ou aflição junto com o personagem? Ou talvez tenha caminhado por uma rua conhecida, mergulhado em pensamentos, e quando percebeu... já tinha chegado sem se Você se lembra de uma vez que esteve tão concentrado em um filme que, por alguns instantes, esqueceu o mundo à sua volta? Sentiu medo ou aflição junto com o personagem? Ou talvez tenha caminhado por uma rua conhecida, mergulhado em pensamentos, e quando percebeu... já tinha chegado sem se dar conta de como chegou? Ou então pegou seu melhor amigo ou um familiar pensando em algo, com os olhos vidrados e distantes? Com certeza isso já lhe aconteceu; então você já teve uma pequena amostra do que é o transe hipnótico.

 

Hipnose não é sono. Também não é mágica. Não tem a ver com controle da mente, como tantos filmes fizeram parecer, e nem algo ligado à superstições e religião. Na verdade, hipnose é um estado natural da consciência, uma forma de atenção focada e profundamente receptiva, que experimentamos várias vezes ao dia. É como quando a mente se recolhe para dentro e, nesse espaço mais silencioso, encontra caminhos que estavam ali o tempo todo — só não estavam visíveis ainda.

 

Na prática clínica, usamos essa capacidade natural para promover mudanças reais. Ao contrário do que muitos pensam, a hipnose não é algo que se faz em alguém - como um mago controlando a mente de uma pessoa, mas algo que se constrói com alguém. O terapeuta de hipnose é um guia, um companheiro de jornada que sabe como ajudar o paciente a navegar no emaranhado de pensamentos, e o verdadeiro poder está sempre com a pessoa que busca ajuda.

 

Milton Erickson, um dos maiores nomes da hipnoterapia moderna, costumava dizer que todo ser humano carrega dentro de si os recursos de que precisa para crescer, mudar e melhorar. A função da hipnose ou do terapeuta, nesse sentido, não é impor soluções ou protocolos engessados, mas facilitar o acesso àquilo que já existe no íntimo da mente de cada um. É como abrir uma janela e permitir que entre a luz num cômodo que, até então, parecia escuro, ou abrir um mapa e avaliar as melhores rotas e soluções.

 

E como isso acontece? Através de palavras, imagens, sugestões — cuidadosamente oferecidas e adaptadas à experiência única de cada pessoa como uma conversa bem relaxante e segura. Não há fórmulas prontas, e eu trabalho com terapia feita sob medida. Há, sim, uma escuta atenta, uma linguagem respeitosa e uma confiança profunda na inteligência do inconsciente. Só assim a sessão de terapia de hipnose é capaz de auxiliar nos melhores resultados.

 

Na tradição mais clássica da hipnose, o transe pode parecer algo mais formal, com induções mais dirigidas e objetivos bem delineados. Já na abordagem ericksoniana, cada encontro é uma dança sutil entre o dito e o não dito, o lógico e o simbólico, o presente e o que está por vir, tudo de maneira tranquila. Ambas as abordagens, no entanto, compartilham uma mesma raiz: a crença de que a mente é capaz de se transformar quando encontra espaço, acolhimento e direção.

 

É importante dizer: hipnose não é um milagre. Ela não substitui a responsabilidade pessoal nem apaga, como mágica, os sofrimentos da vida. Mas ela pode ser uma poderosa aliada na superação de fobias, na redução da ansiedade, no enfrentamento da dor, na mudança de hábitos, na melhora de comportamentos e performance — e em tantos outros contextos em que o psicológico toca o físico e o emocional se entrelaça com o cotidiano.

 

É muito importante desmistificar a hipnose e dar a ela o lugar que merece: não apenas no palco das ilusões e da arte (que também possui o seu valor), mas no consultório, na vida real, no momento em que alguém se permite olhar para dentro com gentileza e buscar qualidade de vida e bem estar. Porque, no fundo, hipnose é isso: um reencontro consigo mesmo — mais e mais próximo de ser mais feliz.

 
 
 

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